Gosto de viver nessa cidade. De acordar, insône, às quatro da amanhã e ter a certeza de que dá para ir em algum lugar. Assistir o filme ou a peça de teatro que quiser sem ter que pegar uma ponte aérea. Rodar o mundo pelos diferentes gostos de seus restaurantes. Encontrar na diversidade de origens, cores e formas pessoas tão interessantes quanto posso imaginar. De saber que a informação e o conhecimento fluem rápido, de fora ou de dentro, para a cidade.
Posso rodar o país e o mundo mas invariavelmente volto para aí, meu porto seguro, onde me identifico, onde as coisas fazem sentido. Onde meus amigos, emoldurados pela cidade, me lembram através do reflexo que vejo neles quem eu sou, de onde vim, para onde vou. Nasci aí, mas o mais importante é que adotei a cidade depois que aprendi a andar com as próprias pernas. Ser paulistano não tem a ver com o local onde você teve o cordão umbilical cortado, mas onde você amarrou seu burro.
PARABÉNS SÃO PAULO, NÃO VIVO LONGE DE VOCÊ!